Queda de avião da Esquadrilha da Fumaça matou dois pilotos em 1957

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No dia 10 de maio de 1957,  data do décimo aniversário de Maringá, um voo acabou em tragédia.  Aviões da Esquadrilha da Fumaça, da FAB (Força Aérea Brasileira), sobrevoavam a cidade fazendo acrobacias.  

Um avião do grupo, em rasante na Praça Raposo Tavares, acabou batendo em um mastro – e caiu. Morreram dois oficiais que estavam no avião. O Tenente Dagoberto Seixas dos Anjos e o Tenente Afonso Ribeiro Melo.

 

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Esquadrilha da FAB no Aeroporto de Maringá em 1957.

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Foto de jornal da época.

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Relato da professora Celuy Damasio, da UEM:

” Estamos em 10 de maio de 1957, manhã solene, autoridades presentes festejando a data. Por volta das 9h45 os esperados aviões dominaram o céu azul da bela aniversariante ( Maringá ) . O sol brilhava naquela sexta-feira. Os olhares admirados dirigiram-se para cima, uma invasão de contentamento apoderava-se da população.

Tudo era novidade, o Esquadrão de Demonstração Aérea debutou no início dos anos 50, com um grupo de instrutores da antiga Escola da Aeronáutica, em Campos dos Afonsos, no estado do Rio de Janeiro, liderado pelo Tenente Domenech, que, nos horários livres, divertia-se praticando manobras e acrobacias. Sua primeira apresentação em púbico, ainda sem a fumaça[1], foi no dia 14 de maio de 1952, que passou, alguns anos depois, a ser comemorado como Dia da Esquadrilha da Fumaça.

Pouco mais de cinco anos de experiência, o novo e o belo faziam a adrenalina subir nos expectadores que se deliciavam com a habilidade mostrada pelos dois ocupantes de cada um dos cinco North American T6D, quando, de repente, às 10 horas, um deles sobrevoou abaixo do que deveria, atingindo um dos mastros que tinham por única função ostentar os “símbolos da amada terra”. Desespero, gritos, pais escondendo os olhares curiosos das crianças, adultos querendo enxergar, pessoas passando mal, o medo reinando, o final da festa, o final de duas vidas diante dos olhos dos maringaenses, os poucos repórteres tentando se aproximar, a polícia apartando. O espetáculo mudou de rumo. Piloto e co-piloto lembrados, anonimamente, pelos que estavam lá.”

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Clique aqui para saber mais em uma reportagem da Gazeta do Povo, escrita por Miguel Fernando, do site Maringá Histórica.

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