Um caso que entrou para a história política brasileira aconteceu no ano de 1963. O senador alagoano Arnon de Mello, pai do ex-presidente Fernando Collor, criticou durante no Senado o seu adversário político, Silvestre Péricles de Góes Monteiro, que o teria ameaçado de morte.
Com a discussão, Arnon atirou várias vezes em Silvestre, mas nenhuma bala atingiu o adversário. Porém dois tiros atingiram o senador José Kairala do Acre, que estava perto para tentar pacificar o plenário. Nesta sessão Kairala estava com o filho pequeno, a mulher e a mãe no local. Mesmo após o socorro médico, Kairalla morreu no mesmo dia.
Arnon de Mello foi preso, mas o seu advogado alegou que era um ato de legítima defesa. O pai de Collor disse que levou a arma para o Senado porque era ameaçado pelo rival, o senador Silvestre, que escapou da morte.
O caso acabou na justiça, onde foi considerado um tiro acidental. Com isso Arnon de Mello seguiu na política normalmente e prosperou economicamente, passando a sua influência política para o filho, Fernando Collor de Mello, que chegou a presidência em 1990. Mas que terminou sendo afastado em 1992 por denúncias de corrupção.
*Leia também esta notícia abaixo, que foi publicada pelo jornal “O Tempo”, relatando o que aconteceu com família do senador assassinado:
“Mesmo tendo processado Arnon de Mello e Silvestre Péricles, a viúva de José Kairala, Creusa da Silva Kairala, não conseguiu do Estado brasileiro uma indenização compatível com o trauma e os danos gerados à família pelo assassinato do suplente de senador. Ela e Kairala tiveram quatro filhos – ela estava grávida quando o marido morreu.”