Os chamados serviços de alto-falantes já foram comuns nas cidades brasileiras. Antes da popularização das rádios locais, nos anos 1950, era por este meio que as pessoas ficavam sabendo das notícias de sua comunidade.
A maioria tinha horários de funcionamento apenas na manhã e ao entardecer. E a vizinhança era obrigada a conviver com o barulho, e até se acostumava. Com a chegada das emissoras locais de rádio, os alto-falantes foram desaparecendo. Mas sobrevivem ainda em pequenas localidades que não tem emissoras de rádio.
Nas fotos antigas das cidades brasileiras é fácil localizar os alto-falantes, geralmente em postes de madeira com três alto-falantes, um para cada direção. As sedes destes pequenos serviços geralmente precisavam apenas de um cômodo com mesa, microfone e um ou dois toca-discos.
Alguns destes serviços também faziam retransmissões colocando um rádio de ondas curtas diante do microfone, em alguns horários. Era comum a retransmissão, por exemplo, da ave maria das seis horas da Radio Aparecida do Estado de São Paulo. E a propaganda das lojas da cidade ajudava a manter a programação.