A década de 1950 marcou um período de grandes transformações no Brasil, impulsionado por Juscelino Kubitschek. Eleito presidente em 1955, com a promessa de fazer “cinquenta anos em cinco”, Kubitschek se destacou pela visão de modernização e desenvolvimento. A sua administração, que durou até 1960, foi marcada pela construção de Brasília, a nova capital do país, simbolizando um Brasil em ascensão.
A ideia de construir uma nova capital já havia sido proposta anteriormente, mas foi na gestão de JK que o projeto ganhou vida. Em 21 de abril de 1960, Brasília foi inaugurada. O projeto era do arquiteto Oscar Niemeyer e do urbanista Lúcio Costa.
A cidade representou um marco arquitetônico, e também a intenção de interiorizar o desenvolvimento e integrar as regiões do Brasil. Com a nova capital, Kubitschek buscava desafogar o eixo Rio-São Paulo e impulsionar a ocupação do Centro-Oeste.
Além da construção de Brasília, a administração de Kubitschek se destacou pela promoção da industrialização e a atração de investimentos estrangeiros. Projetos como a construção de rodovias, a expansão da rede elétrica e a criação de empresas estatais contribuíram para para modernizar o Brasil. Mas este rápido crescimento econômico também gerou problemas, como a inflação e o endividamento, que começariam a se manifestar após a sua saída do poder.
Depois do fim de seu mandato em 1961, o Brasil enfrentou um período conturbado. A instabilidade política e a crise econômica tornaram-se sérias. O governo de João Goulart, seu sucessor, enfrentou uma forte oposição que acabou em sua derrubada por um golpe militar em 1964. Isto resultou em duas décadas de repressão e censura. E Juscelino foi acusado por oponentes de ter deixado um legado de dívidas e problemas estruturais.
Juscelino Kubitschek faleceu em 22 de agosto de 1976, em um trágico acidente de carro. Sua morte trouxe uma onda de nostalgia por um período de esperanças e promessas. E Brasília, com a sua arquitetura icônica e planejamento urbano inovador, permanece como um símbolo de sua visão.
Redação do Portal Memória Brasileira com dados do Jornal do Brasil.